sexta-feira, 12 de junho de 2009

coisas da vida

sou uma pessoa ordinária, comum. não possuo super-poderes nem nenhuma habilidade em especial que me distinga dos que co-habitam comigo: tenho defeitos, qualidades e também erro. coisas banais, como muitas outras. não obstante de estar ciente de tudo isto, deparo-me com um mundo (su)real que não compreendo; talvez este ‘mundo’ seja incompatível comigo ou talvez seja eu que me encontre no ‘mundo’ paralelo ao que era suposto. mais um paradoxo existencial, seguindo a tendência de todas as mentes jovens que iniciam o aperfeiçoamento, tornando-se astutas e apuradas para a vida. pois bem, este sou eu e apesar de ser como todos os outros sou diferente e orgulho-me de ser único à minha maneira, como e quando quero. sou loiro, alto, (já fui mais) elegante e disponho de um sentido de humor apurado nas situações mais impensáveis e, além disso, possuo esta escrita dúbia e confusa que também é só minha, óbvio.

Adoptando uma postura optimista – como é a minha – considero que vivo facilmente numa realidade cada vez mais destorcida e que vou deixando a minha marca no decorrer das coisas bem como vou alterando as pessoas que possuem o prazer (ou não) de se cruzarem comigo. na outra face, encontro um mundo substancialmente frio, construído sobre pilares de desilusões, erros, falhanços, mentiras e um amontoado de coisas simplesmente inclassificáveis, que existem em paralelo onde simplesmente derivo. o equilíbrio não é fácil, chegando a ocorrer um vórtice espacial que me transporta através da ténue linha divisora, levando-me a um turbilhão de ideias, emoções, atitudes! bolas. ninguém é suficientemente forte neste mundo; para aguentar a clausura e a pressão de um universo de pura felicidade e satisfação, que, de uma forma ‘gentil’, cobre todo o pó debaixo do tapete: todas as infelicidades, as angústias. do mesmo modo, algum ser humano suportaria a exposição e a falta de privacidade ao ser ‘an open book’ uma vez que todos sentimos aquela necessidade – maior ou menor depende – de nos aprisionarmos no nosso canto, rodeados apenas daquilo que nos apetece e fazer o que nos apetece; seja focar um ponto absurdo durante horas infindáveis com intuito de introspecção, seja provocar o caos no que julgamos ser supérfulo para a nossa existência momentânea. depois o inevitável: arrependimento.

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